A indústria farmacêutica tem fundamental importância para a economia brasileira. Não apenas por ser fornecedora de bens essenciais mas também porque é um segmento produtivo dependente e difusor de desenvolvimento tecnológico. Além disso, é um setor sensível a políticas públicas, sobretudo pelo poder de compra do Estado, o maior comprador de remédios do país.
Do ponto de vista econômico, acrescenta-se ainda que é uma indústria altamente deficitária em seu comércio exterior, tendo acumulado déficit de mais de US$ 15 bilhões entre 1996 e 2002. A estrutura industrial, segundo dados da PIA-IBGE de 2001 (último ano disponível), era composta por cerca de cerca de 780 empresas, com mais de 88 mil funcionários e faturamento próximo a US$ 6,4 bilhões, sendo que 66% desta receita são de responsabilidade de empresas de capital estrangeiro. Isto significou uma participação de 2,5% no valor agregado pela indústria brasileira, ainda segundo informações da PIA-IBGE. Em termos comparativos, ressalte-se que em 1996 a participação da farmacêutica no PIB industrial do país era pouco menor que 3,5% e a participação das empresas transnacionais nas vendas setoriais não chegava a 52% do total. Mundialmente a indústria farmacêutica faturou US$ 424 bilhões em 2002 e US$ 396 bilhões em 2001.