Olha nós aqui !
Analisando esses números, pode-se observar que os laboratórios de origem nacional representavam 33,56% das vendas em reais (R$) do mercado total farmacêutico no Brasil (canal farmácia), em 2003, passando para 54,87%, em 2014. Ao mesmo tempo, os laboratórios de origem estrangeira, que representavam 66,44% das vendas em reais (R$), no início da série estudada, passaram para 45,13% no ano de 2014.
Esse mesmo movimento ocorreu nas vendas em unidades (caixas de medicamentos) no período estudado.
Os laboratórios de origem nacional representavam 37,50% das vendas em unidades (caixas) do mercado total farmacêutico no Brasil (canal farmácia), em 2003, passando para 63,24%, em 2014. Ao mesmo tempo, os laboratórios de origem estrangeira, que representavam 62,50% das vendas em unidades (caixas), no início da série estudada, passaram para 36,76% no ano de 2014.
A crescente participação das vendas dos laboratórios de capital nacional está ligada ao aumento da participação no mercado dos medicamentos genéricos.
Fonte: http://sindusfarma.org.br/arquivos/raa_2015.pdf

Market Share das grandes !
De acordo com a Associação Brasileira das indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base nos dados da IMS Health de 2014, a empresas com mais faturamento na venda de medicamentos no país foram: EMS Corp(U$ 2,084 bilhões), Hypermarcas (U$ 2,69 bilhões), Sanofi(U$ 2,291 bilhões), Novartis (U$ 1,779 bilhão).
Já de acordo com a Global 2000, A multinacional norte-americana Johnson & Johnson, que também atua nos segmentos de cuidados para o corpo e higiene, entre outros produtos,é a empresa com a maior receita do ranking internacional das maiores indústrias farmacêuticas.
A lista das maiores empresas do setor farmacêutico do mundo em 2015, é calculada a partir da combinação de receitas, lucros, ativos e valor de mercado, Neste ano, as empresas da lista completa são de 61 países e representam receitas combinadas de US$ 39 trilhões e lucros de US$ 3 trilhões, com ativos de US$ 162 trilhões e valor de US$ 48 trilhões no mercado.
As empresas que encabeçara o topo da lista foram respectivamente Johnson & Johnson, Pfizer, Novartis, Merck & Co, Roche Holding, Sanofi, Bayer, Pode-se observar que a Novartis, que se encontra em 4º lugar com maior faturamento no Brasil, está em 3º no ranking mundial.
O setor é amplamente dominado por indústrias norte-americanas e europeias, haja vista que dentre as 15 primeiras colocadas do ranking de maior receita no ano de 2015,8 são americanas, 7 europeias, a única é exceção é a empresa Teva Pharmaceutical,que tem sua sede localizada em Israel.
http://www.forbes.com.br/listas/2015/07/15-maiores-empresas-farmaceuticas-do-mundo/#foto8
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-10-maiores-industrias-farmaceuticas-do-pais-em-2014
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-10-maiores-industrias-farmaceuticas-do-pais-em-2014

A cara do Brasil !
A indústria farmacêutica tem fundamental importância para a economia brasileira. Não apenas por ser fornecedora de bens essenciais mas também porque é um segmento produtivo dependente e difusor de desenvolvimento tecnológico. Além disso, é um setor sensível a políticas públicas, sobretudo pelo poder de compra do Estado, o maior comprador de remédios do país.
Do ponto de vista econômico, acrescenta-se ainda que é uma indústria altamente deficitária em seu comércio exterior, tendo acumulado déficit de mais de US$ 15 bilhões entre 1996 e 2002. A estrutura industrial, segundo dados da PIA-IBGE de 2001 (último ano disponível), era composta por cerca de cerca de 780 empresas, com mais de 88 mil funcionários e faturamento próximo a US$ 6,4 bilhões, sendo que 66% desta receita são de responsabilidade de empresas de capital estrangeiro. Isto significou uma participação de 2,5% no valor agregado pela indústria brasileira, ainda segundo informações da PIA-IBGE. Em termos comparativos, ressalte-se que em 1996 a participação da farmacêutica no PIB industrial do país era pouco menor que 3,5% e a participação das empresas transnacionais nas vendas setoriais não chegava a 52% do total. Mundialmente a indústria farmacêutica faturou US$ 424 bilhões em 2002 e US$ 396 bilhões em 2001.
Como ela é ?
Em âmbito internacional, a indústria farmacêutica se caracteriza como um oligopólio diferenciado, baseado na inovação e nas ciências, pois a criação de novos produtos é prioritária em relação às economias de escala e aos custos de produção. As empresas que lideram o setor são multinacionais de grande porte e atuam de forma global no mercado. A principal fonte de diferenciação de produtos é, por um lado, o P&D e o marketing. É necessário produzir novos medicamentos a cada patente expirada, pois, terminado o prazo de proteção, os produtos farmacêuticos ficam expostos à concorrência dos genéricos e similares, que utilizarão outras estratégias de competição. A principal maneira de a indústria se apropriar de resultados oriundos de seus esforços de P&D é a patente, que garante o monopólio temporário de vendas. A liderança de mercado é conquistada em segmentos de mercado particulares, mediante diferenciação de produtos.
Das boticas para o mercado
O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal por Thomé de Souza (governador geral nomeado pela coroa portuguesa). Sua vinda se deu a partir da observação pela coroa portuguesa, de que as pessoas no Brasil só tinham acesso ao medicamento quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, e nestas havia algum cirurgião-barbeiro ou tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.
Os jesuítas que vieram para o Brasil colocavam em seus colégios de catequização uma pessoa para cuidar dos doentes e outra para preparar os remédios. Quem mais se destacou foi José de Anchieta, jesuíta que pode ser considerado o primeiro boticário de Piratininga (São Paulo).
A partir de 1640 as boticas foram autorizadas a se transformar em comércio, dirigidas por boticários aprovados em Coimbra. Esses boticários que obtinham sua carta de aprovação eram profissionais empíricos, às vezes analfabetos, possuindo apenas conhecimentos corriqueiros de medicamentos.
A passagem do nome de comércio de botica para farmácia surgiu com o Decreto 2055, de dezembro de 1857, onde ficaram estabelecidas as condições para que os farmacêuticos e os não habilitados tivessem licença para continuar a ter suas boticas no país.
Do ponto de vista da terapêutica, a grande inovação foi o aparecimento da farmácia química, que surgiu em oposição à tradicional, a galênica. O primeiro brasileiro fabricante industrial de extrato fluído foi o farmacêutico João Luiz Alves, no Rio de Janeiro.
O ensino farmacêutico nos tempos do Brasil colonial não existia, o aprendizado dava-se na prática, nas boticas. Adquirida a experiência, os boticários se submetiam a exames perante os comissários do físico-mor do Reino para obtenção da "carta de examinação". Concorriam, assim, com os físicos e cirurgiões no exercício da medicina. Alguns, inclusive, chegaram a trocar de profissão, tornando-se cirurgiões-barbeiro.
Em 1809 foi criado dentro do curso médico, a primeira cadeira de matéria médica e farmácia ministrada pelo médico português José Maria Bomtempo. Somente a partir da reforma do ensino médico de 1832, foi fundado o curso farmacêutico, vinculado, contudo, às faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Por esta reforma, ficou estabelecido que ninguém poderia "curar, ter botica, ou partejar", sem título conferido ou aprovado pelas citadas faculdades.
[fonte: http://www.sbfc.org.br/site/paginas.php?id=2]

Um pulo na criação
A história da farmácia remete à preocupação com a saúde, a doença, aos primeiros remédios, ao aparecimento dos medicamentos e ao surgimento do farmacêutico. Apresenta vários períodos e cada um as suas inovações.
Os textos antigos relatam o emprego das plantas e de substâncias de origem animal para fins curativos, desde o período Paleolítico ou idade da pedra lascada. O mais antigo documento farmacêutico conhecido é uma tabuinha sumérica (tabela de argila) executada no terceiro milênio (2100 a.C.), contendo quinze receitas medicinais, descoberto em Nippur. O papiro mais importante da história da Farmácia é o papiro Ebers escrito por volta de 1500 a.C., espécie de manual destinado aos estudantes, que revela segredos de medicação. Esta verdadeira farmacopéia registra abundantes informações, contém 811 prescrições e menciona 700 remédios para distintas doenças, de mordida de serpente à febre puerperal, abrangendo uma grande variedade de temas médicos.
Na antiguidade, durante a busca dos alquimistas por formas de fabricar ouro e o elixir da vida eterna, eles acabaram por produzir óleos e resinas que foram considerados os primeiros remédios da humanidade. Muitos anos depois, surgiu a referência à botica, que era apenas uma caixa de madeira na qual se levavam os remédios.
A origem das atividades relacionadas à farmácia se dá a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. A figura do apotecário ou boticário aparece nos conventos da França e Espanha, desempenhando o papel de médico e farmacêutico. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão.
A evolução e desenvolvimento da farmácia, como atividade diferenciada, só aconteceria na Alexandria após um período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos. A farmacologia ganhou grande impulso, principalmente no tratamento dos soldados abatidos nos campos de batalha. E a profissão farmacêutica separa-se da medicina ficando proibido ao médico ser proprietário de uma botica.
O grego Hipócrates marcou uma nova era para a cura quando sistematizou os grupos de medicamentos, dividindo-os em narcóticos, febrífugos e purgantes. Galeno escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos, sendo considerado o "Pai da Farmácia". Sua grande contribuição foi a transformação da patologia humoral numa teoria racional e sistemática, em relação à qual se tornava necessário classificar os medicamentos.
Durante a 1a Guerra Mundial (1914 -1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no período da 2a Guerra Mundial (1939 -1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros anti-neoplásicos.
As últimas décadas do século passado foram decisivas no descobrimento de fármacos a partir da aplicação de conceitos de genética molecular, genômica, proteômica e informática. A biotecnologia e a tecnologia farmacêutica emergiram como poderosos instrumentos para romper com os limites terapêuticos estabelecidos.
[fonte : http://www.sbfc.org.br/site/paginas.php?id=2]
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